Ainda em tempo de desejar a todas as pessoas que fazem parte da ciranda
de minha vida um feliz ano novo, venho aqui deixar uma mensagem, fruto
do que tenho pensado, meditado e refletido nestes dias. Quase sempre é
assim: natal, ano novo, datas significativas, naturalmente fico
introspectiva, mas meu aparente silêncio é um profundo sentir e estar
com a humanidade, com as pessoas que amo e com a natureza, nossa irmã.
Este ano, de forma diferente, eu também estava com o irmão Rio
Doce e toda biodiversidade vítima do crime socioambiental hediondo
ocorrido em Mariana, MG, e que atingiu o Brasil e todo o universo. Quero
desejar a todas e todos e lutar por isto: que vivamos o tempo não com a
concepção do ocidente, de um tempo linear, vindo de um passado que
passa por um presente e vai para um futuro. Eu lhes desejo viver 2016
com a concepção andina, em que o tempo é circular. O presente é
contínuo, de modo que passado e futuro acabam se fundindo em um só. Não
conceber nada como estático, pois tudo está em movimento. Buscar a
ideia do bem viver, que é viver a vida em um tempo que sempre é
presente. Que acolhamos a irmã natureza, a Pachamama, como sujeito de
direitos. Defendamos a dignidade humana e planetária e que, sobretudo,
para isso, possamos aprender com com nossos irmãos e irmãs de culturas
ancestrais, nossos irmãos indígenas, quilombolas, negros, ciganos,
catadores de materiais recicláveis, dentre outros. Eles têm muito a
dizer e a nos ensinar. Eu lhes desejo um ano de 2016 repleto de Bem
viver!
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